A peça.
A parte oca na boca do céu
da escuridão do dia-a-dia e noite,
o açoite no rolo da Máquina.
Um aparte no infinito contorno
da bandeira na beira do mastro.
A peça.
A parte fosca e tosca
no oco do céu da boca
que engole a gula do sistema,
mas ninguém se dá conta.
Tudo o todo aponta na verdade
o vício ilícito de um mesmo esquema.
A peça.
Uma fresta é o que resta
da vontade da verdade de viver,
mas ninguém parece notar:
estão muito ocupados prá pensar...