A falta do que fazer
a falta do que dizer
a falta de vergonha
já não envergonha tanto.
Tanto quanto tolos
discursos esparsos
e juras e promessas
compressas na hipocrisia
que um dia elegeu o rei.
Hoje em dia, eu já não sei
se é mais decadente
aquele que mente
ou se é aquele que consente.
E a falta de coragem
da massa que se arrasta trôpega
na covardia de não lutar
já não faz mas falta.
O que falta, é vergonha na cara.
E assim, tudo se vê, nada se faz...
Corja indecente e sutil.
Pátria amada, idolatrada
e mãe gentil...